PALAVRA INDÍGENA
A história da
tribo Supucaí, que traduziu para o idioma guarani os artefatos da era da
computação que ganharam importância em sua vida, como mouse (que eles chamam de
angojhá) e Windows (oventã.
Quando a internet chegou àquela comunidade, que
abriga em torno de 400 guaranis, há quatro anos, por meio de um projeto do
Comitê para Democratização da Informática (CDI), em parceria com a ONG Rede
Povos da Floresta e com antena cedida pela Star
One (da Embratel), Potty e sua aldeia
logo vislumbraram as possibilidades de comunicação que a web traz.
Ele conta que usam a rede, por enquanto, somente para
preparação e envio de documentos, mas perceberam que ela pode ajudar na
preservação da cultura indígena.
A apropriação da rede se deu de forma gradual, mas os
guaranis já incorporaram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida. A
importância da internet e da computação para eles está expressa num caso de
rara incorporação: a do vocabulário.
- Um dia, o cacique da aldeia Sapucaí me ligou. “A
gente não está querendo chamar computador de computador”. Sugeri a eles que
criassem uma palavra em guarani. E criaram aiú
irú rive, “caixa para acumular a língua”. Nós, brancos, usamos mouse, Windows e outros termos, que eles começaram a adaptar para o idioma
deles, como angojhá (rato) e oventã (janela) – conta.
Rodrigo
Baggio
1. Aponte as principais características do gênero textual reportagem.
2. Quais os suportes em que as reportagens aparecem geralmente?
3. Qual a principal diferença entre os gêneros textuais: reportagem e notícia?